Arteterapia – estudos de caso em crianças com doenças cardíacas

Por Jennifer Lemos

Muitas pessoas têm dúvidas sobre a Arteterapia e, em consultório, essa dúvida transforma-se em um pré conceito. Não de todos, claro, mas muitos apresentam uma resistência em fazer o trabalho proposto por achar que uma colagem, pintura, modelagem ou desenho não terá o mesmo efeito que um óleo essencial ou planta medicinal. Isso é um engano!

A arteterapia faz uso da expressão artística para promover o autoconhecimento do interagente a ser tratado. “Permite acesso a conteúdos internos, fornece tomada de consciência e propicia transformação de aspectos muitas vezes estagnados ou conflitantes na vida psíquica do indivíduo”. (Wedekin, 2007).

“O fazer arte é terapêutico, porque proporciona integração de uma personalidade, restituindo à personalidade os sentimentos acerca de si que estavam faltosos. Dando ao sujeito que a utiliza como prática o deleite de desfrutar de si mesmo“. (Urrutigaray, 2007).

Quando se propõe um método de arteterapia, ao naturólogo não interessa se ficará bonito, bem feito ou linear. O interessante é que o interagente se entregue à prática, livre de pré conceitos e disposto a fazer o que o naturólogo propôs. Assim sendo, o trabalho acontece e o interagente é beneficiado com as descobertas sobre si mesmo. Considero essa prática, associada às perguntas feitas pelo naturólogo, a maior fonte de insigths ocorrentes em uma sessão.

Flora Elisa de Carvalho Fussi e Ângela Philippini observaram no Hospital das Clínicas da faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás, que mantém o atendimento em Arteterapia no serviço ambulatorial de cardiopediatria, a necessidade que as crianças têm de elaborar seus medos e conflitos relacionados à doença e aos procedimentos médicos.

Estando as crianças sob forte pressão emocional, Flora e Ângela buscaram, por intermédio da Arteterapia, desenvolver atividades nas quais as inseguranças pudessem ser amenizadas. Através do diálogo com a arte, foi possível construir um elo entre as experiências internas de doença, hospitalização e o mundo externo no qual vive a criança, contribuindo para amenizar sua tristeza e seu estresse.

Em um estudo de caso, observou-se que uma criança, quando trouxe à tona os sentimentos bloqueados, sentiu-se mais forte e capaz, consequentemente mais feliz, em melhores condições para lidar com suas frustrações e seu tratamento, compreendendo melhor as conexões de seu estado físico e emoções. Foi possível perceber que, a partir das sessões de arteterapia, a criança avaliada tornou-se mais calma, expressando melhor seus sentimentos, respeitando melhor os profissionais que a atenderam, aderindo melhor o tratamento, permitindo um exame físico mais tranqüilo e fortalecendo sua auto estima.

A arteterapia possibilita, em muitos casos, tornar o mundo do indivíduo novamente colorido!

Fonte:

FUSSI, Flora Elisa de Carvalho; PHILIPPINI, Ângela apud PORTO, Celmo Celeno. Doenças do Coração: prevenção e tratamento. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
URRUTIGARAY, Maria Cristina. Interpretando imagens, transformando emoções. Rio de Janeiro: Wak, 2007.
WEDEKIN, Luana M. Reflexões sobre os significados dos quatro elementos na arteterapia. Acesso dia 26 de março de 2012. <https://portal2.unisul.br/content/navitacontent_/userfiles/file/RECNA/artigos_2007_1/Reflex_es_sobre_os_significados_dos_quatro_elementos_na.pdf >

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Renata Hermes
Naturologa
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