Como usar plantas medicinais e óleos essenciais durante a gestação?
Recebo muitas mensagens de mulheres que estão gestando. Elas querem uma forma mais natural de aliviar os sintomas que aparecem, principalmente, durante o primeiro trimestre.
Até aí, eu entendo: preferir o natural ao alopático. Mas uma nova onda tem se formado: das gestantes que não têm sintoma algum, mas querem ingerir chás ou usar óleos essenciais.
Sabe como eu respondo? Com uma pergunta: POR QUÊ?!
O que observo em minhas redes sociais, principalmente, é que muitas mulheres querem fazer tudo durante a gestação. Querem começar a praticar yoga (e isso é maravilho!), fazer caminhadas frequentes (ótimo!), fisioterapia pélvica (muito indicado!) e ingerir chás todos os dias e/ou usar todos óleos essenciais seguros e possíveis.
E, novamente, eu pergunto: por quê?!
Vou falar algo que, talvez, te surpreenda: chás não são indicados durante a gestação. Se você já tinha o hábito anteriormente e sente falta, prefira, então, chás de frutas que são os mais seguros. E óleos essenciais só são orientados em casos bastante específicos e, de preferência, com orientação de um profissional formado em aromaterapia clínica.
Em consultório, com as gestantes que eu atendo, costumo usar alguns óleos essenciais porque as acompanho antes mesmo da gestação. Sei sobre o físico, mental e emocional. Fazemos um trabalho para uma gestação tranquila e prevenção de sintomas fortes durante o puerpério. Se você tiver um acompanhamento assim, é excelente. Caso contrário, evite. São remédios. O uso não significa que você está mais saudável assim como o não uso não significa que você cuidará menos do seu bebê.
Questione-se a real necessidade de um MEDICAMENTO nesse momento tão delicado e especial e não se deixe levar por modismo de quem, normalmente, não trabalha na área.
Faça suas escolhas baseadas no que os profissionais que te acompanham indicam. Confie neles. É o melhor para você e para a sua família.
Então, resumindo: usar óleos essenciais ou ingerir chás durante a gestação pode?! Poder, pode. Mas se questione mais o “porquê”!